Uma análise dos relatórios da Artprice, com base nos resultados dos leilões, aponta sinais de recuperação do mercado de arte neste primeiro semestre
Segundo os resultados apurados nos leilões de belas-artes (pintura, escultura, desenho, fotografia, gravura, instalações) realizados no primeiro semestre de 2017, o mercado de arte deu sinais de crescimento, depois de dois anos consecutivos de desaceleração.
Mercado global
Foram mais de 228.700 lotes de belas-artes vendidos em todo o mundo durante os primeiros seis meses de 2017, gerando um volume de negócios total de US $ 6,9 bilhões (incluindo taxas). Esses resultados foram registrados em mais de 3.054 vendas públicas sujeitas à análise sistemática e detalhada da Artprice.
De acordo com o Thierry Ehrmann, fundador e CEO da Artprice, o mercado de arte vem funcionando com uma maturidade excepcional, resistindo a uma sequência de crises e aumento de tensões políticas e econômicas globais. Ainda assim, nos últimos 17 anos, o Mercado de Arte mostrou sua capacidade de se adaptar às condições, evitando o colapso observado na esfera financeira. Como consequência, desempenhou um papel vital de “abrigo”, sem se inflar em uma bolha especulativa.
De uns anos para cá, os retornos financeiros da arte superaram os outros investimentos e o Mercado da Arte tornou-se um mercado independente, líquido e eficiente em todos os continentes.
Assim, o 1º Semestre de 2017 viu uma recuperação geral do mercado de arte, com um aumento de 5% no volume de negócios.
Alguns dados desse período
- O volume global de negócios em leilões de arte atingiu US $ 6,9 bilhões;
- Os preços no segmento de arte contemporânea aumentaram em 9,6%;
- Com US $ 2,2 bilhões, os EUA ultrapassaram US $ 2 bilhões da China;
- O Reino Unido e a França contribuíram para a recuperação, aumentando 13% e 7%, respectivamente;
- A arte contemporânea representou 15% do volume de negócios global, contra 3% em 2000;
- Uma única obra de Jean-Michel Basquiat alcançou o preço de US $ 110,5 milhões;
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