O museu suíço vai abrigar a exposição destes artistas, que se conheceram no início dos anos 1960, em paralelo à Art Basel do ano que vem
Giacometti e Bacon serão as estrelas da principal exposição da Fundação Beyeler no próximo ano, que deve coincidir com Art Basel 2018. A mostra está sendo organizada pelo curador da Fundação Beyeler, Ulf Küster; Catherine Grenier, diretora da Fundação Giacometti; e Michael Peppiatt, um expert em Bacon e Giacometti.
Peppiatt promete que “a excitação visual de dois grandes mestres do século 20” tornará esta uma grande exibição. Um segundo local está sendo discutido para que a exposição Bacon-Giacometti viaje após Basileia, possivelmente nos EUA.
Produções entrelaçadas
Peppiatt vê fortes paralelos entre a arte e a vida dos dois artistas. Ambos foram fortemente influenciados pelo surrealismo e trabalharam em um estilo figurativo, em um momento em que a abstração estava “tornando-se mais forte”. Eles eram existencialistas, leitores ávidos, profundamente afetados pela Segunda Guerra Mundial e viviam no caos. Com enorme impulso, ambos provaram ser sobreviventes.
Peppiatt diz que os dois homens se conheceram pela primeira vez em Paris, no início da década de 1960: “Bacon me disse que havia se dirigido a Giacometti em um café em St Germain, provavelmente Les Deux Magots ou Flore, para dizer que admirava seu trabalho”.
Alberto Giacometti, de origem sueca (1901-66), era oito anos mais velho do que o artista britânico Francis Bacon (1909-92). Eles se encontraram novamente anos depois, provavelmente através da amiga em comum Isabel Rawsthorne, amante de Giacometti e também modelo de ambos os artistas. Eles permaneceram amigos até a morte de Giacometti, em 1966.
Temas em comum
Os artistas tinham dois temas em comum: o grito e a gaiola. Ambos usaram um dispositivo similar a uma gaiola em suas composições para criar espaço e perspectiva e concentrar a atenção na figura central. Giacometti liderou o caminho, influenciando seu contemporâneo mais jovem. Bacon, uma vez, apresentou seu amigo Daniel Farson a Giacometti, dizendo: “Este é o homem que me influenciou mais do que ninguém.”