Art Gallery of Ontario abre grande retrospectiva de Georgia O’Keeffe

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A exposição, ambiciosa e abrangente, reavalia o lugar da artista na arte do século XX e revela sua profunda importância.

A Art Gallery of Ontario (AGO), em Toronto, apresenta uma grande retrospectiva da pioneira pintora americana Georgia O’Keeffe (1887-1986), com mais de 100 pinturas dela que é uma das das mais bem sucedidas e influentes modernistas do século XX. A exposição examina toda a carreira de O’Keeffe, traçando a evolução de sua prática desde seus primeiros experimentos abstratos até seus trabalhos mais maduros, além de sua profunda influência e legado. Organizada pela Tate Modern em colaboração com a AGO e o Bank Austria Kunstforum, Viena, a exposição faz sua única parada na América do Norte em Toronto, até o dia 30 de julho de 2017.

Aberta com o momento de suas primeiras exibições na galeria de 291 em Nova York em 1916 e 1917, a exposição apresenta os primeiros trabalhos de O’Keeffe feitos enquanto ela estava trabalhando como professora na Virgínia e no Texas. As obras da mostra – desde seus carvões até um seleto grupo de aquarelas e óleos vibrantes – investigam a relação da forma com a paisagem, música, cor e composição, revelando o crescente interesse de O’Keeffe pela sinestesia: a capacidade de interpretar a música como cor.

Georgia O'Keeffe. Black Hills with Cedar, 1941

Georgia O’Keeffe. Black Hills with Cedar, 1941

Uma seção da exposição aborda o relacionamento profissional e pessoal de O’Keeffe com seu marido, fotógrafo de renome mundial, negociante de arte e defensor da arte moderna Alfred Stieglitz (1864-1946). Uma seleção de fotografia de Stieglitz está sendo exibida, incluindo retratos e nus de O’Keeffe, bem como peças-chave do círculo de arte vanguardista da época, incluindo Marsden Hartley (1877-1943) e John Marin (1870-1953). ).

A natureza morta formou um tema importante no trabalho de O’Keeffe, principalmente em suas representações e abstrações de flores. A exposição explora como essas obras refletem a influência que ela tirou da fotografia modernista. A fonte mais persistente de inspiração de Keeffe, no entanto, foi a natureza e a paisagem. “From the Faraway, Nearby” (1937) e “Red and Yellow Cliffs” (1940) – ambos emprestados pelo Metropolitan Museum of Art de Nova York – mostram a imersão progressiva da artista na distinta geografia do Novo México. Pinturas estilizadas do local que ela chamou de “Black Place” são os destaques da exposição.

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