A máscara mortuária criada em vida pela artista em 2002 é sua primeira obra em bronze e agora fará parte do acervo da instituição londrina
Em Londres, a National Portrait Gallery anunciou a aquisição de “Death Mask”, da artista Tracey Emin. A obra, estimada em £67.500, recebeu um desconto £37.500 por parte da artista e de sua galeria, White Cube, recebendo as £30.000 do Art Fund.
A National Portrait Gallery tem uma extensa coleção de máscaras mortuárias de homens, incluindo figuras históricas como Oliver Cromwell e Sir Isaac Newton, além de artistas e escritores como Turner, Constable, Rossetti e Thackeray.
John Evelyn, de Robert Walker (c.1656) © National Portrait Gallery, London
“Death Mask” foi apresentada na National Portrait Gallery como parte da exposição chamada “Life, Death and Memory”, que abordou a complexa e às vezes problemática relação entre retrato e mortalidade, reunindo obras históricas e contemporâneas do acervo da instituição. Entre as obras estavam um retrato póstumo do século XVII da nobre Lady Digby de Van Dyck e peças mais contemporâneas, como o retrato final do cineasta Derek Jarman, feito por Michael Clark em 1993, um ano antes de sua morte.
Em uma referência irônica à natureza autobiográfica de seu trabalho, Tracey Emin lançou sua própria “máscara mortuária” em vida no ano de 2002, criando seu primeiro trabalho escultórico em bronze.
No centro da preocupação da artista com o autoconhecimento e seu constante engajamento e exploração de sua própria vida e corpo, Emin afirma que neste trabalho ela se oferece em perpetuidade como uma exibição de museu, literalmente se transformando em um objeto para o escrutínio das gerações futuras. A peça une-se a outro trabalho da artista na coleção do museu, “The Last Thing I said to you is don’t leave me here. 1”, edição de fotografia de 2000.
Life, Death and Memory permanece em exposição na sala 16 da National Portrait Gallery até 16 de março de 2018.
