A nova série “Epistemes”, de Vik Muniz, permanece em cartaz nesta individual do artista até 1º de abril
Vik Muniz é amplamente conhecido por suas recriações de imagens icônicas da cultura visual feitas usando materiais não tradicionais ou de descarte e fotografados. Estas novas obras combinam o objeto material e o trompe l’oeil fotográfico em uma composição abstrata unificada. Comentando sobre a confusa relação imagem-objeto explorada nessas obras, Muniz observa: “Ela sempre vai para os dois lados. O que você espera ser uma foto não é, e o que você espera ser um objeto é uma imagem fotográfica”.
O vocabulário do artista traça conexões com movimentos de arte abstrata, incluindo arte concreta, construtivismo e op art. Já o título desta exposição na galeria Sikkema Jenkins & Co., em Nova York, é tirado do termo filosófico épistème, que Michel Foucault introduziu em seu livro “The Order of Things” e refere-se às estruturas implícitas que estabelecem as condições para a produção do conhecimento científico em um determinado momento e lugar.
Vik Muniz
A artista nasceu em 1961, em São Paulo, Brasil; atualmente vive e trabalha em Nova York e no Rio de Janeiro. Seu trabalho foi exibido em instituições de prestígio em todo o mundo, com recentes exposições individuais no Eskenazi Museum of Art na Universidade de Indiana, Bloomington, Indiana; High Museum of Art, Atlanta; e Mauritshuis, Haia, Holanda (todos 2016). Seu trabalho está em coleções de grandes museus internacionais, tais como: Art Institute of Chicago, Chicago; Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles, Los Angeles; Museu J. Paul Getty, Los Angeles; Metropolitan Museum of Art, em Nova York; Museu de Arte Moderna, Nova Iorque; Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo; e Victoria and Albert Museum, em Londres, entre outros.
O artista também está envolvido em projetos sociais que usam a arte como uma força para a mudança. Em 2010, seu trabalho com um grupo de catadores de materiais recicláveis foi o tema do documentário Waste Land, indicado ao Oscar. Reconhecendo suas contribuições para a educação e desenvolvimento social, incluindo seu trabalho com os catadores, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO em 2011. Mais recentemente, ele abriu a Escola Vidigal, oferecendo programas em arte, design e tecnologia para crianças entre 4 e 8 anos na favela Vidigal, Rio de Janeiro.