O tríptico de 1963 é composto por retratos de George Dyer, amante e muso do artista
“Three Studies for a Portrait of George Dyer” é primeiro retrato que Francis Bacon pintou de George Dyer – criminoso de East End que se tornou amante e muso do artista. A obra deve aparecer em um leilão pela primeira vez, durante as vendas de arte contemporânea e pós-guerra da Christie’s, em Nova York. A estimativa é que o tríptico alcance entre US$ 50 e US$ 70 mihões.
As telas foram pintadas em um momento crucial na carreira de Bacon, pouco depois de sua primeira grande retrospectiva na Tate de Londres, em maio de 1962. Anteriormente na coleção de Roald Dahl e incluído em muitas das exposições mais importantes do artista, a notável proveniência da pintura e o frescor da obra no mercado, sem dúvida, ampliarão seu apelo.
De acordo com Christie’s, a beleza convulsiva deste trabalho representa o florescimento da paixão de Bacon por Dyer. Ele aparece em pelo menos 40 pinturas de Bacon, mas esta obra é um dos apenas cinco trípticos de Dyer executados nesta escala íntima. Cada painel mede 14 por 12 polegadas (aproximadamente 36 x 30 cm), formato de retrato que era uma assinatura de Bacon.
Loic Gouzer, vice-presidente de arte pós-guerra e contemporânea, comentou: “Three Studies for a Portrait of George Dyer é um tríptico magistral, que foi concluído nos primeiros três meses do encontro de Bacon com Dyer. Este poderoso retrato exemplifica o dinamismo e a psicologia complexa pelos quais o artista é reverenciado”.
“George Dyer é para Bacon o que Dora Maar é para Picasso. Ele é indiscutivelmente o modelo mais importante da segunda metade do século XX, porque sua personalidade e características físicas atuaram como um catalisador para as descobertas pictóricas de Bacon. O Francis Bacon que conhecemos hoje, não existiria sem o encontro transformador que ele teve com George Dyer”.