O artista do Brooklyn, KAWS, transita entre a arte de rua e os grandes museus e feiras, sem deixar a subversão e a ironia de lado, como nesta grande retrospectiva
KAWS é um dos artistas mais atraentes e intuitivos de sua geração. Seus personagens híbridos, metade humanos, os tornou um ícone da cultura popular. Ao longo de uma carreira de 20 anos, com uma prática que se originou na cena do grafite na década de 1990, KAWS continuou a desafiar os limites da arte e do design através de uma postura que se divide entre os mundos comercial e da arte.
“KAWS: Where the end starts”, no Museu de Arte Moderna de Fort Worth, Texas, é uma importante retrospectiva que exibe a amplitude e a profundidade da obra versátil e multifacetada do artista desde a década de 1990 até hoje. Com cerca de 100 obras, incluindo pintura, desenho, escultura em grande escala, grafite e itens como brinquedos e roupas, a exposição revela o que pode ser descrito como os “aspectos críticos de seu desenvolvimento formal, conceitual e colaborativo”.
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A genialidade da prática de KAWS é o seu talento para envolver sua audiência de modo subliminar e subversivo, em um diálogo sobre as questões da condição humana, usando táticas de distorção, diversão e sugestão. Trabalhando em um quadro de humor irônico e sofisticado, e inspirando-se na história da arte e nos cartoons, KAWS criou um elenco de personagens com traços humanos que cativam o público com suas formas estranhas, porém familiares.
De acordo com o material distribuído pelo museu, os personagens mais emblemáticos de KAWS são Companion, inspirado no Mickey Mouse; CHUM, inspirado no símbolo da Michelin; e o coelho Accomplice. “KAWS: Where the end starts” permanece em exposição até 22 de janeiro de 2017.
