Francis Bacon deixou transparecer sua profunda admiração pelas culturas francesa e espanhola em suas obras, que agora se reúnem a de grandes mestres nesta exposição na Espanha
O museu apresenta exposição com cerca 80 obras que incluem algumas das pinturas mais relevantes e menos vistas do artista britânico, ao lado de obras de estres clássicos da cultura francesa e espanhola que tiveram grande ascendência em sua carreira. São cerca de 50 pinturas de Francis Bacon e outras 30 obras de mestres clássicos e modernos que influenciaram esta trajetória.
Transgressor em sua vida e obra, Bacon cruzou algumas fronteiras até então difíceis de superar, colocando o ser humano ante um espelho onde pudesse se contemplar de forma crua e violenta. Bacon foi um ardente admirador da cultura francesa e ávido consumidor de sua literatura. Apaixonado por Picasso e Van Gogh, residentes na França, e por pintores que os precederam – como Degas, Manet, Gauguin, Seurat e Matisse, Bacon esteve em inúmeras ocasiões na França.
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Em 1946, ele trocou Londres por Mônaco, onde viveu três anos cruciais para sua carreira e onde voltaria regularmente até 1990. Bacon sempre considerou sua retrospectiva de 1971 no Gran Palais, em Paris, como o ápice de sua carreira. Ao longo de sua trajetória, o artista intensificou suas relações na capital francesa, mantendo um estúdio em Marais até 1985.
A influência da cultura espanhola veio pelo contato com as obras de Picasso dos anos 20 e 30 e teve sua evidencia máxima com sua obsessão pelo retrato que Velázquez pintou em 1950 do Papa Inocencio X, em torno do qual chegou a criar mais de 50 obras. Francis Bacon morreu durante uma breve visita a Madri em 1992, embora nunca tenha tido uma residência fixa na Espanha.
A exposição ocupa o Guggenheim Bilbao até 8 de janeiro de 2017, com entrada gratuita nos dias 22 e 23 de outubro.