Como os artistas afro-americanos contemporâneos estão contribuindo para a retomada de uma geração suprimida da história da arte
O jornal “The Economist” aponta para o que parece ser um ímpeto crescente em torno de um grupo de artistas afro-americanos que já foram celebrados Modernistas, mas foram suprimidos da história.
Baseado na retomada da visibilidade de Sam Gilliam entre colecionadores, museus e mercado de arte, o “The Economist” aponta uma tendência que envolve mais de um único artista. A nova geração de artistas afro-americanos – como Kerry James Marshall, Glenn Ligo, Kehinde Wily, Kara Walker, Theaster Gates e Njideka Akunyili Crosby – alcançou sucesso internacional. No próximo ano, o representante dos Estados Unidos na Bienal de Veneza será Mark Bradford, considerado um dos pintores mais importantes de sua geração.
Estes artistas não se esqueceram de seus antecessores afro-americanos; na verdade, eles os defenderam muitas vezes nas discussões de seus próprios trabalhos. Est3030e endosso tem influenciado o mercado de arte. Bradford, representado por uma das principais galerias do mercado (Hauser & Wirth), assumiu no início deste ano uma de suas principais inspirações, o pintor Jack Whitten. “O mercado está faminto por materiais e, se o material for bom – e relativamente acessível – será devorado” disse Franklin Sirmans, diretor do Pérez Art Museum de Miami. A Swann Galleries, que vem se dedicando às vendas dos afro-americanos, confirma que o mercado para muitos desta geração mais velha de artistas está crescendo rapidamente.
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As obras de Gilliam, por exemplo, triplicaram de valor nos leilões dos últimos três anos. Em dezembro passado, uma obra de Norman Lewis, um expressionista abstrato, estabeleceu novo recorde de vendas, chegando a quase US$ 1 milhão.
A validação do mercado é importante, mas para muitos colecionadores, são os museus que realmente importam. Cada vez mais, estas instituições dependem da iniciativa de patronos para emprestar obras e levantar fundos. E assim como Patricia Phelps de Cisneros e Estrellita Brodsky construíram suas coleções latino-americanas, filantropos como o banqueiro Raymond McGuire e o colecionador A. C. Hudgins estão fazendo a mesma coisa com os artistas afro-americanos.
Esta será uma oportunidade de contemplar uma narrativa mais completa e abrangente: como os artistas afro-americanos mostram uma visão diferente da América e como alguns, como Gilliam, mudaram a linguagem da própria arte.
