Sob o título de “Incerteza Viva”, a ambiciosa edição deste ano ocupa três andares do pavilhão e apresenta 340 obras de mais de 80 artistas e coletivos
Com curadoria de Jochen Volz, Gabi Ngcobo, Júlia Rebouças, Lars Bang Larsen e Sofia Olascoaga, a Bienal de São Paulo abriu as portas ao público nesta quarta-feira apostando no poder da arte para debater questões profundas, como desastres ecológicos, mudanças climáticas, contrastes culturais, polarizações políticas e migrações em massa.
Ocupando três pavimentos do pavilhão, a exposição conta com 81 artistas e coletivos, sendo a maioria mulheres, apresentando cerca de 340 obras que abrigam e habitam o que é incerto. Uma boa dose de artistas brasileiros e latino-americanos – alguns dos quais considerados novidades para o público norte-americano e europeu – estará na mostra, ao lado de nomes notáveis, incluindo Jeremy Deller, Lyle Ashton Harris, Pierre Huyghe, Eduardo Navarro, Ebony G. Patterson, Pope. L, Rachel Rose e Erika Verzutti.
“Queríamos falar do impacto global desses assuntos complexos, mas percebemos que, para isso, talvez fosse preciso desvincular a incerteza do medo”, afirmou Jochen Volz, curador da Bienal, durante entrevista coletiva.
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Organizada em diálogos, a mostra foi baseada em um jardim para permitir aos temas e ideias se entrelaçarem livremente em um todo integrado. O objetivo disso é fazer a Bienal mais acessível e atingir o público, ajudando-o a refletir e pensar criticamente.
Com entrada gratuita, a Bienal recebe seus visitantes até 11 de dezembro. A programação completa está no site.