O museu Thyssen-Bornemisza, em Madri, apresenta até 18 de setembro a exposição “Caravaggio y los pintores del norte”, cujo eixo central é a figura de Michelangelo Merisi Caravaggio (1571-1610) e a sua influência sobre o círculo de pintores do norte da Europa que, fascinados pela sua obra, difundiram seu estilo.
Às doze pinturas do pintor italiano, o museu juntou 41 quadros de artista que se inspiraram tanto no claro-escuro como nas figuras e temas tratados por Caravaggio.
Foram três anos de difícil trabalho, de intensa negociação com museus e curadores para conseguir o empréstimo das obras que chegam de diferentes lugares como o Metropolitan de Nova York, a galeria Uffizi de Florença ou o Museu Hermitage de São Petersburgo.
A exposição está organizada em seis núcleos. No primeiro estão quadros de Caravaggio em Roma entre os anos 1592 e 1606, onde predominam as cenas de gênero e a natureza-morta de frutas e flores, clássicos da sua terra, a Lombardia. No segundo, misturam-se quadros do pintor italiano e dos primeiros admiradores em Roma: Rubens e Elsheimer. A mostra continua com obras de artistas e amantes da arte como Fiammingo, Régnier e van Baburen para chegar ao núcleo de Brugghen e a Escola de Utrecht. As obras dos pintores franceses em Roma, como Vignon ou Saraceni, e as pinturas dos seguidores de Nápoles e do Sul de Itália como Finson ou Stom junto a dois quadros de Caravaggio, formam os dois últimos momentos expositivos. O Martírio de Santa Úrsula, da coleção Intensa Sanpolo, de Nápoles, exposto sozinho na última sala, é o derradeiro quadro que o artista pintou antes de morrer.