Arquiteto, desenhista, escultor, artista performático. Essa multiplicidade fez de Antônio José de Barros de Carvalho e Mello Mourão, o Tunga, um dos grandes representantes da arte contemporânea.
Após mais de 40 décadas de trajetória, o pernambucano de Palmares, radicado no Rio desde os anos 1970, morreu na tarde desta segunda-feira (6), aos 64 anos, de câncer.
O artista estreou profissionalmente em 1974, aos 22 anos, com sua primeira exposição individual no Museu de Arte Moderna do Rio, e ficou conhecido por sobrepor materiais pouco comuns às artes plásticas, como correntes, fios, feltro, crânios, agulhas e borracha, em instalações de forte apelo estético. Essa linguagem fez com que se tornasse o primeiro artista contemporâneo do mundo a ter uma obra no Museu do Louvre, em Paris.
“Foi um grande amigo meu, talvez o melhor. Foi quem mais me ajudou a fazer o Inhotim. Ele queria muito que desse certo”, afirmou Bernardo Paz, idealizador do Instituto Inhotim, em Minas Gerais, onde o pernambucano, famoso por suas parcerias com o compositor Arnaldo Antunes, está representado em dois pavilhões.
Tunga estava internado desde o dia 12 de maio, no Hospital Samaritano, no Rio. O corpo será enterrado amanhã no jazigo de sua família no cemitério São João Batista, também no Rio.
Saiba mais sobre a obra de Tunga neste vídeo do Itaú Cultural: