Até o dia 3 de julho, a White Cube Bermondsey apresenta “Wir fahren aus” (We’re off), exposição mais importante dedicada ao artista Georg Baselitz, que inclui novas pinturas em grande escala, além de esculturas e trabalhos em papel. A mostra reúne duas vertentes familiares dentro da prática do artista: os retratos e o processo de “remixar”, pelo qual as imagens são repetidas e reinterpretadas ao longo do tempo, com o uso de diferentes técnicas e suportes.
Para as novas e monumentais pinturas instaladas em várias partes da galeria, Baselitz se inspirou em um cândido retrato de Otto Dix (The Artist’s Parents, 1924), onde os pais idosos do artista estão sentados lado a lado em um sofá puído. Nestes trabalho, Baselitz revisita um retrato duplo seu e de sua esposa Elke de 1975, intitulado Bedroom – reinterpretando a imagem usando polaroides recentes suas e de Elke, nus, sentados em uma posição similar aos pais de Dix. Usando predominantemente uma paleta de branco e preto, Baselitz explore através de seus retratos as noções de passagem do tempo, a natureza física e a individualidade.
Leia aqui a crítica sobre a exposição publicada pelo The Guardian
Continuando a expansão de suas técnicas de pintura, Baselitz interrompe a leitura fácil de suas imagens usando tanto sua inversão característica quanto uma névoa pulverizada que borra ou difunde a clareza da composição. As telas assumem uma qualidade espectral, transcendentes, tornando a sua compreensão mais lenta e empurrando-as para a abstração.
Ocupando a galeria 9x9x9 está a escultura Zero Dom (2015), grosseiramente talhada em madeira e, em seguida, fundida em bronze e patina negra. Enquanto isso, na North Gallery está uma série extensa de desenhos, novamente concentrados em retratos, onde o artista obsessivamente retrata Elke em uma única pose, sentada, nua e de frente para o artista.
