Demitido do Instituto Inhotim em janeiro, onde era diretor artístico, Rodrigo Moura passa agora a integrar a equipe do Masp, assumindo a área de arte brasileira do museu paulistano.
Moura, que terá o título de curador-adjunto, já está à frente de três projetos no Masp, uma mostra de Portinari, outra sobre o pintor paulista Agostinho Batista de Freitas e um seminário de arte indígena, todos marcados para o segundo semestre.
Ele relaciona o evento de arte indígena no Masp a seu último trabalho no Inhotim, museu nos arredores de Belo Horizonte, onde criou um pavilhão dedicado à obra da fotógrafa Claudia Andujar, em especial às suas séries sobre os índios ianomâmi.
“É essa perspectiva de indigenização das instituições brasileiras”, diz Moura. “É uma resposta dos museus, como ponta-de-lança da sociedade, à situação de urgência que a gente vive, a essa sociedade etnocida.”
Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp, também vem trabalhando essas questões em outras mostras, mesmo antes de assumir o museu.
Esta também não será a primeira vez que Pedrosa e Moura trabalham juntos. Eles foram colegas no Museu da Pampulha, em Belo Horizonte, há 15 anos, e organizaram juntos a megamostra “Artevida”, no Rio, há dois anos.
Via Folha de S. Paulo | Ilustrada
SILAS MARTÍ, DE SÃO PAULO
em 24/03/2016