Entre as inúmeras aberturas de exposições nas galerias de Hong Kong por conta da Art Basel Hong Kong, um dos destaques é a primeira individual de Tracey Emin na região. “I Cried Because I Love You” será a última antes que a artista se retire para um ano sabático, para que possa se concentrar ainda mais em seu trabalho.
Ocupando simultaneamente dois espaços – A White Cube Hong Kong e a Lehmann Maupin – a exposição apresenta as diversas práticas de Emin e reúne pinturas, bordados, tapeçarias e neons.
Referindo-se à escolha incomum de trabalhar com duas galerias concorrentes, Emin disse no catálogo da exposição: “É sobre eu não ser capaz de ter que me definir com uma galeria, em um espaço, em um país”.
Emin continua abordando temas familiares, intimamente autobiográficos, de estados emocionais que ela examina com honestidade típica. No entanto, apesar de ser profundamente pessoal, continua sendo um trabalho universal e correlacionável.
Uma grande pedra, que fica perto do estúdio da artista no sul da França, é o fio condutor da exposição. Emin se “casou” com a pedra durante o verão, em uma cerimônia improvisada e devidamente documentada em uma série de desenhos. Ela disse que a pedra é uma metáfora para a sua tendência ao “amor impossível” e sua imagem aparece em algumas peças da exposição.
A demanda pelo trabalho de Tracey Emin é crescente em toda a Ásia. Segundo Irene Bradbury, da White Cube, galeria que está há três anos em Hong Kong, “Emin deixou sua marca aqui. Os colecionadores se tornaram mais experientes e sintonizados com o que gostam e o que querem seguir (…) desde as galerias ocidentais até os grandes artistas que estão se desenvolvendo aqui”.
“I Cried Because I Love You” permanece em exposição até 21 de maio.
Com informações de White Cube, Artnet e Artdaily
