Banksy abordou a crise dos refugiados em uma série de novos trabalhos criados nos arredores da cidade de Calais, no norte da costa francesa – onde recentemente funcionou seu parque Dismaland. Os trabalhos incluem um mural onde retrata o guru da Apple, Steve Jobs.
Pintado em uma parede no campo de refugiados apelidado “the jungle”, o artista desenhou o co-fundador da Apple carregando um dos primeiros computadores Macintosh e um saco de lixo preto, em uma clara referência ao pai de Jobs, que chegou aos Estados Unidos vindo da Síria, depois da Segunda Guerra Mundial.
De acordo com o New York Times, Banksy – que raramente fala ao público sobre suas obras – emitiu um comunicado através de seu porta-voz, dizendo: “Muitas vezes somos levados a acreditar que a migração drena os recursos de um país, mas Steve Jobs era filho de um imigrante sírio. Mas a Apple é a empresa mais rentável do mundo, que paga mais de US$ 7 bilhões por ano em impostos – e ela só existe porque eles aceitaram um jovem de Homs”. No site de Banksy e sob o mural grafitado, encontra-se o subtítulo “O filho de um imigrante da Síria”.
O artista também recriou a obra “The Raft of the Medusa (1818 – 1819)”, de Théodore Géricault; na sua versão, Banksy retrata uma balsa cheia de imigrantes que tentam chamar a atenção de um navio que passa. No site do artista, a obra tem uma legenda: “Nós não estamos todos no mesmo barco”.
O último trabalho desta série apareceu em uma praia de Calais. Ele retrata uma criança com os cabelos ao vento, uma mala de viagem aos seus pés, olhando para o mar através de um telescópio, com um abutre sentado sobre ele.
Com informações do ArtDaily e Artnet