Coletiva de verão com Ernesto Neto, Jac Leirner, Nuno Ramos e outros na Fortes Vilaça

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Ernesto Neto, yube crochê, 2014. Corda de poliéster e polipropileno, madeira, granito e parafusos. 225 x 230 x 358 cm

Até o dia 31 de janeiro os visitantes da Galeria Fortes Vilaça conferem a exposição “Coletiva de Verão”, com obras de Ernesto Neto, Jac Leirner, Lucia Laguna, Marina Rheingantz, Marine Hugonnier, Nuno Ramos e Rodrigo Cass.

Ernesto Neto apresenta uma escultura penetrável composta de cordas, madeira e granito. O crochê feito das cordas forma uma complexa membrana sustentada por amarrações no teto, técnica comum no corpo de trabalho do artista nos últimos anos. O público é convidado a entrar na escultura e fazer o percurso sinuoso do seu interior, descobrindo a textura das cordas entrelaçadas e os grafismos de sua base.

Na parede frontal, trabalhos de diversos artistas criam uma ideia abstrata de lugar na natureza através de experiências cromáticas com a cor verde. Na aquarela de Jac Leirner, o verde é organizado geometricamente na transparência das veladuras. Já no desenho de Nuno Ramos, ganha presença matérica com uma espessa camada de tinta a óleo. Forest (Amazonia / -4° 49.248′, -56° 47.455′ / 6.30 pm / 28°), de Marine Hugonnier, é criado com a exposição de papel fotossensível  a um determinado tempo e local (indicado nas coordenadas do título), de modo que o trabalho torna-se a emanação do calor desse ambiente. Marina Rheingantz refere-se a uma floresta mesclando padronagens geométricas à paisagem, enquanto Lucia Laguna apresenta uma pequena pintura onde é possível identificar fragmentos de seu jardim. Finalmente, a obra de Rodrigo Cass pontua a montagem com um elemento de intensa carga simbólica, trazendo uma pena incrustada em um pedaço de concreto.

Vista da exposição Coletiva de Verão na Fortes Vilaça

Nuno Ramos, Sem título, 2007. Pelúcia, alumínio, folha de prata, espelho, acrílica e óleo. 92,5 x 203 cm

Ernesto Neto. Hene Yube, gente é um sopro que atravessa a gente, 2014. Serigrafia. 50 x 70 cm. Edição de 50

Jac Leirner. Água, 2010. Aquarela sobre papel algodão. 15 x 10 cm

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