Segundo dados recolhidos pelo site Artprice, a cotação das obras produzidas pelas artistas mulheres valem até dez vezes menos do que as criadas pelos seus colegas do sexo masculino.
Louise Bourgeois está entre as melhores cotadas, mas enquanto uma das esculturas de Bourgeois foi arrematada por US$ 10,7 milhões, um tríptico de Francis Bacon foi vendido por US$ 127 milhões.
Quando se leva em conta os artistas vivos do mundo todo que conseguiram ultrapassar o preço de US$ 1 milhão em leilões, apenas 16 mulheres se encontram em meio a um grupo de 195 homens. Entre elas estão Yayoi Kusama (34º melhor resultado em leilões); Marlène Dumas (40ª), Rosemarie Trockel (51ª), Julie Mehretu (52ª), Bidget Riley (54ª), a fotógrafa Cindy Sherman (73ª) e Jenny Saville (79ª), as únicas entre os 100 primeiros do ranking. Duas brasileiras também aparecem neste seleto grupo: Beatriz Milhazes (na 119ª posição) e Adriana Varejao (147ª).
Ainda segundo este levantamento, artistas do sexo masculino acumulam 93% das melhores ofertas em todo o mundo. Em termos de comparação, mais de US$ 47 milhões separam os recordes de vendas em leilão de Jeff Koons e Yayoi Kusama. Enquanto a marca de Koons, líder do mercado contemporâneo, é de US$ 52 milhões em um leilão da Christie’s, a maior soma de Kusama está na casa de US$ 5 milhões, atingida na mesma casa de leilões em 2008.
Críticos, historiadores, especialistas e diretores de feiras de arte refletem sobre estas notáveis diferenças. Alguns consideram este debate superado e ancorado nos preconceitos culturais do passado, e apesar das qualidades das produções serem equiparadas, espera-se que ainda vai levar alguns anos para que os preços também sejam equivalentes.
Com informações do Latin American Art
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E a mais pura verdade os homens sempre se valem das mulheres