Zipper Galeria apresenta resultado de residência em Xangai da artista Natio Canto
A Zipper apresenta, a partir de 5 de agosto de 2014, a primeira individual da artista Nati Canto na galeria. Intitulada “A falta que nos Constitui”, a mostra tem curadoria de Denise Gadelha e é resultado de sua residência artística em Xangai.
Com a intençãode trazer para sua produção a leitura de um país cheio de incongruências, onde o papel da coletividade talha a população, ser não é verbo e ter é égide, abrigo e sustentação, a artista apresenta instalações, uma vídeo-performance e fotografias. “A exposição é um convite ao sensível, ao que merece ser olhado”, diz a artista. A falta que nos constitui cria uma atmosfera intimista, aproximando a China do Brasil, ambos países emergentes construídos sobre bases contraditórias, onde o lindo e o horrível co-habitam quase voluptuosamente.
A alternância conteúdo-forma e matéria-forma norteiam sua pesquisa de forma que movimentos de escolhas conscientes e inconscientes resultam em objetos-arte. Nesta exposição, processos de baixa qualidade e processos sofisticados são intercalados com o intuito de refletir incongruências e contradições que perpassam em muitas camadas, tanto a cultura brasileira, quanto a chinesa. As fotografias que participam da exposição são propositalmente de má resolução, impressas em papel arroz de melhor qualidade no mercado global, numa das piores gráficas locais chinesas, emolduradas por um grande artesão brasileiro.
Camilo Meneghetti exibe desenhos viscerais na exposição “Paisagem Imaginada”
“Paisagem Imaginada” apresenta ao público paulistano desenhos viscerais criados por Camilo Meneghetti ao longo dos últimos três anos. Nessas imagens as formas – simulacros do mundo material – foram rasuradas e apagadas até se transformarem em massas, moldes disformes para serem a seguir novamente esculpidos. Assim, o artista apresenta obra e processo a um só tempo em cada um de seus desenhos.
Desenho? Quando se fala do trabalho de Camilo utiliza-se um vocabulário próprio da escultura, comentando moldes, lapidações, exclusões, oclusões e inserções. O pensamento sobre a obra torna-a híbrida, sem um suporte definitivo, porém, com seu trabalho, Camilo Meneghetti está buscando a raiz do desenho e da linha, ao tornar caótica a imagem que se espera limpa sobre o papel. Estas massas de grafite e carvão, seus desenhos, atuam como a mente humana: construindo representação e narrativa a partir de materiais e formas que anteriormente simplesmente existiam, sem sentido e sem a capacidade de narrar.