Zezão
A Zipper Galeria tem o prazer de apresentar, a partir de 14 de junho, a primeira individual de Zezão na galeria. A produção de Zezão aborda aspectos políticos, sociais e ecológicos, chamando a atenção para temas urbanos urgentes como violência, abandono, poluição e pobreza.
Zezão começou sua carreira na década de 1990, pintando paredes de canais de esgoto e galerias de águas pluviais, casas abandonadas, becos desertos e vãos de viadutos. Ao levar cor a locais marginalizados pela sociedade, seu trabalho ganhou uma dimensão político-social reconhecida por críticos e curadores ao redor do mundo.
Situando-se na fronteira entre o rude e o poético, Zezão apresentará com sua individual na Zipper uma grande instalação, pinturas e objetos que discutem os limites entre a vida urbana e a arte contemporânea. São obras criadas a partir de materiais e objetos encontrados em esgotos, rios e córregos da cidade, que ganham sobrevida e conquistam uma nova identidade. Além de obras inéditas, o grafiteiro apresenta uma série de “Flops”, nome dado aos desenhos já conhecidos do artista, sempre azuis.
Projeto Zip’Up: Fernanda Valadares | O sétimo Continente
A tecnologia tem possibilitado a circulação de um volume cada vez maior de informações a uma velocidade que cresce também em escala progressiva, colocando-nos em estado de constante aceleração. Ainda assim, cabe a cada um a sua relação com o tempo. Seja partindo de amplos horizontes ou de planos construídos, a artista Fernanda Valadares nos convida a desacelerar, a escutar o silêncio. Em “O Sétimo Continente”, no piso superior da Zipper Galeria, a partir de 14 de junho, os segundos prometem se alargar. A exposição traz a possibilidade de uma transcendência da forma e da técnica para questões que beiram a metafísica e a política.
A artista se debruça sobre a matéria para fundir camadas de cera. Ainda que se enxergue como pintora e faça da encáustica seu principal meio e suporte, nesta mostra ela nos possibilita uma imersão num universo mais amplo da sua produção. Madeira e papel em sua condição de matéria adquirem simbolismos e nos mostram uma artista cuja reflexão poética e imagética explora o limiar entre a complexidade e a simplicidade. “Fernanda mostra-nos espaço para falar de tempo. E falando de tempo nos faz vivenciá-lo, pois somente assim podemos experienciar sua obra”, enfatiza a curadora Bruna Fetter sobre o trabalho da artista.