A Zipper Galeria apresenta, a partir de 16 de abril de 2014 às 19h, a primeira individual do artista libanês Camille Kachani na galeria. Com a curadoria de Cauê Alves, reúne-se peças que enfatizam a poética dos objetos, afastando-os do caráter funcional, assim os transformam em esculturas e proporcionam diversos questionamentos.
As relações de suas esculturas se dão entre os elementos naturais e manuais, útil e inútil ou orgânico e inorgânico. O uso da madeira, material orgânico, aponta o desejo da artista de ser ressuscitada. Cabos são alongados como se estivessem vivos e folhas verdes brotam como se estivessem crescendo nos próprios objetos, espontaneamente e sem esforço.
A distância do uso cotidiano dos objetos e o resultado da peça final, aparece de modo mais direto quando copos, pratos, martelos e talheres são divididos ao meio. Há um pequeno hiato entre o espaço que separa as metades, a síntese de toda a exposição: a distância entre a totalidade e a singularidade partida da arte.
Além da exposição da Camille Kachani, a Zipper galeria apresenta a artista Vick Garaventa, com curadoria de Mario Gioia pelo projeto Zip’Up. Suas peças transmitem entre o território científico e imaginário, a artista reúne pinturas, desenhos, gravuras e peças tridimensionais, utilizando conceitos e temáticas hoje correntemente utilizados na arte contemporânea, como a catalogação, os arquivos e a reapropriação, recombina-os com ciências hoje esquecidas, como a frenologia, e investiga como podem ser trabalhadas essas insuspeitas junções nesta era da fragmentação e da circulação maximizada.