Instituto Tomie Ohtake apresenta HOJE dia 26/03 – Medos Modernos

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O Instituto Tomie Ohtake promove a segunda edição de seu programa Arte Atual. Elaborado pelo Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake (NPC), foi concebido para promover exposições coletivas de artistas emergentes, em que projetos experimentais ambiciosos possam ser concretizados e apresentados ao público, contando, para isso, com o apoio ativo de galerias de arte presentes no país. Para esta segunda edição, o Instituto Tomie Ohtake apresenta Medos Modernos, exposição dos artistas Luiz Roque, Matheus Rocha Pitta e Nicolás Robbio, em parceria com as galerias Bolsa de Arte, Mendes Wood DM e Galeria Vermelho.

Com curadoria do Núcleo de Pesquisa e Curadoria (NPC), Medos Modernos é uma exposição pensada a partir de entendimentos do que é o moderno – palavra-chave associada às transformações aceleradas desde meados do século XIX, com seus múltiplos desenvolvimentos científicos e sociais e implicações que vão desde a inovação e contraposição ao passado, passando pela industrialização e progresso, até a padronização e controle social resultantes do avanço tecnológico. O moderno – seja enquanto período histórico, sinônimo de vanguarda, tempo presente ou evolução – gerou um processo dúbio, em que há ora otimismo e entusiasmo ora dissintonia do indivíduo frente às facilidades, invenções e alienações de um vasto contexto.

As obras que integram a mostra Medos Modernos apontam para a permanência da ansiedade que surgiu com a modernidade, sem necessariamente citar as vanguardas do modernismo. Assim, reverbera processos que marcaram profundamente as estruturas sociais e psíquicas dos indivíduos, chegando ao extremo de quadros de ansiedade e neurose. Atualmente, os sintomas inerentes dessa civilização moderna seguem latentes na tensão e insegurança frente ao imperativo da produtividade e desperdício da economia capitalista, como se colocará em questão na instalação de Matheus Rocha Pitta; à necessidade de adequar-se a categorias e padrões identitários e comportamentais pré-estabelecidos, como problematizado pelo vídeo de Luiz Roque; e à imposição de sistemas de catalogação e normatização dos sujeitos, dos objetos e do espaço, como tensionado pela produção de Nicolás Robbio.

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