Em sua segunda exposição individual na Galeria Leme, o peruano José Carlos Martinat dá sequência à sua investigação crítica e social, agora aplicada a outras técnicas e elementos urbanos.
O artista tem como primordial em seu trabalho a exploração e discussão de aspectos políticos, econômicos e sociais, normalmente associados aos seus respectivos contextos culturais. Martinat pensa e realiza sua obra no lugar no qual será exibida para que esta crie um diálogo com o local e atinja o espectador da forma mais contundente possível.
Martinat utiliza a rua como seu molde e se aproveita dela para realizar cópias de elementos que a ele interessam. Suas ações na rua são realizadas sempre de maneira independente, criando uma ambiguidade no processo.
O espectador se depara com obras conhecidas de seu cotidiano transportadas para o espaço da galeria. Com uma estética muito diferente do que se vê em seus espaços originais, a obra se torna uma releitura visual do que se entende como banal no espaço de uma cidade.