Na Pinacoteca, apenas dois dias para ver as “Lápides” de Alex Flemming – 26 e 27 de maio

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Artista evoca Narciso e faz reflexão sobre vida e tecnologia, em obra
que ficará em exposição em apenas duas datas: 26 e 27 de maio

Alex Flemming está de volta ao Brasil em maio. O artista, radicado em Berlim, traz a São Paulo a série inédita “Lápides”, que fica em exposição nos dias 26 e 27 de maio, na Pinacoteca do Estado. No sábado, dia 26, ele acompanha a abertura da obra ao público no museu e também o lançamento do livro “Alex Flemming”, sobre seu trabalho, assinado pela crítica Angélica de Moraes e editado pela Cosac Naify.

“Lápides” é uma nova série de pinturas sobre superfícies não-tradicionais que o artista realiza atualmente sobre notebooks. Flemming pediu para vários de seus amigos os computadores utilizados por eles e que já não mais estavam em uso, pintou-os com grossas camadas de tinta acrílica monocromáticas, e escreveu na tela o nome de seu antigo proprietário, como um espelho pictórico-gráfico da própria pessoa e também como uma Lápide.

A Lápide revela o final da tecnologia, que já superou a si mesma, e funciona como um retrato do zeitgeist de nosso tempo, em que cada pessoa passa horas grudado à frente de seu próprio computador. Ao expor 48 desses computadores no chão e em disposição geométrica, Flemming apresenta ao público um “cemitério instantâneo” de nossas preocupações e prazeres cibernéticos, bem como mostra os notebooks como o espelho de Narciso, ou seja, reflexo através do qual a pessoa vive e morre.

A tecnologia obsoleta representa a morte de antigos desejos, encerrados no computador que deixa de refletir os anseios do Homem.

 Livro traz radiografia da obra de Alex Flemming
 
Paralelamente à instalação,  será lançado o livro “Alex Flemming”.
Com Texto de Angélica de Moraes, a obra  faz um recorte da carreira de um dos principais artistas contemporâneos brasileiros, em edição da Cosac Naify patrocinada pela Tejofran.

Poucos artistas brasileiros podem ter a honra de ver sua arte admirada por milhares de pessoas a cada dia. No caso de Alex Flemming, essa proeza tornou-se possível a partir do momento em que sua instalação com 44 rostos anônimos passou a ocupar as paredes de vidro da estação de metrô Sumaré, em São Paulo. Além de se tornar uma referência da cidade, o painel se transformou num espaço democrático e aberto, onde as pessoas interagem e se encantam com as imagens e as poesias brasileiras escolhidas por Flemming, que flutuam na paisagem paulistana.

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