Laura Vinci retorna à Galeria Nara Roesler com uma exposição que conta com duas instalações e um conjunto de sete gravuras em metal.
No novo espaço da entrada da galeria está uma versão seca de Choro, exibido no ano passado na //Paralela//2010: o encordoamento de um piano, feito de fios de alpaca, sai dele em direção ao chão, onde se ligam a pequenas peças de latão repuxado que lembram carretéis. Três pêndulos, em constante movimento, pendem do teto. Embora não se ouça nenhum som, é como se o ritmo dos pêndulos nos fizesse sentir a pulsação de uma música das formas.
Num segundo espaço, protegido pelo umbral de uma cortina metálica dupla, um piso de mármore levemente elevado ocupa toda a grande sala da galeria. De um baixo relevo construído no próprio piso sairá uma névoa, produzida por um sistema de aspersão de vapor. As transformações e a passagem do tempo, vistas através das variações fluidas e sutis dos vapores, propõem um jogo que se quer propício à contemplação e à concentração.
Entre estes dois trabalhos, no centro da galeria, sete gravuras em metal de grande formato, 120 x 80 cm, da série Desenhos de Caderno. As gravuras tem uma tiragem baixa, de sete exemplares de cada uma, e serão mostradas na íntegra pela primeira vez.
Laura Vinci
até 24 de outubro de 2011 na Galeria Nara Roesler
Av. Europa, 655 – São Paulo