A partir de hoje a SIM Galeria, em Curitiba, exibe as obras recentes da artista plástica Eliane Prolik. No dia da abertura, haverá o lançamento da última publicação sobre as séries mais recentes de Eliane, duas das quais ficarão expostas até 24 de setembro. Realizadas entre 2007 e 2011, “Defórmica” e “Pra Que” debatem a dinâmica e o movimento, de maneira muito peculiar.
Em “Defórmica” a artista utiliza de segmentos ou réguas de fórmica e alumínio dispostos de forma dinâmica. O resultado é cada cor é unida a outra de modo literal, em sucessão e constante apreensão de movimento sobre o plano da parede. Essas esculturas fogem de configurações fechadas e se colocam em unidades abertas, tratando com a mesma intensidade geometria e luz. Para o crítico Ronaldo Brito, Defórmica vai direto ao ponto, o que, no caso, significa evoluir sempre em zigue-zague. Existe, ainda, certo caráter lúdico na série, ao liberar cada régua e seu conjunto ao espaço físico, irradiando luz até deixar o ambiente como quase sem gravidade. Para Brito, como escreve no livro a ser lançado, “Defórmica anuncia a feliz possibilidade de ordens instáveis e transitórias – por isso mesmo atraentes! – o que atualiza a flexibilização do real”.
Em “Pra Que”, a artista se apropria de associações de palavras sobre o placas de veículos. Esses objetos comuns, não-convencionais à tradição da arte jogam com a multiplicidade de leitura e significados de suas palavras/placas. São sutis relevos brancos que relacionam o transito e a migração dos sentidos e o contexto urbano. “A instalação Pra Que é formada por 45 placas, mas como elas são criadas individualmente também funcionam uma a uma ou em conjuntos menores, em sua questão poética e objectual, são unidades que facilmente se articulam coletivamente”, explica a artista.
Mostra Individual e lançamento de livro de Eliane Prolik
de 25 de agosto a 24 de setembro, na SIM Galeria
Al. Pres. Taunay, 130A, Batel – Curitiba/PR
