O Museu de Arte Moderna de São Paulo abre no dia 14 de julho (quinta-feira), a partir das 20h, a exposição No ateliê de Portinari (1920-45), que aborda o período de formação do ícone da pintura modernista brasileira por meio de cerca de 90 obras.
Com um percurso pré-estabelecido pela curadora, a exposição é dividida em cinco blocos que contemplam trabalhos realizados por Portinari nas mais diferentes temáticas e sua busca de um estilo ainda indefinido no momento de formação, mas que veio se consolidando com o tempo até atingir uma feição própria, reconhecida pela crítica nacional e internacional. A tensão entre o diálogo com diferentes artistas, dentre os quais Picasso, e a busca de uma linguagem própria é o fio condutor da exposição.
Os cinco blocos são: Da Escola Nacional de Belas-Artes a Paris; Um modelo constante; Cenas brasileiras; Projetos monumentais e Abstração. A mostra não é uma retrospectiva do pintor. Foi concebida a partir de alguns recortes no âmbito de sua produção, que contemplam o período de formação, entre o Rio de Janeiro e Paris; a prática de um gênero como o retrato; a decisão de dedicar-se à criação de “grandes telas, com muitas figuras agrupadas em enormes composições, com estruturas variadas”, provocada pela visão das obras de Paolo Veronese (1528-1588) na National Gallery de Londres em 1929; a realização de trabalhos de porte monumental para o Ministério da Educação e Saúde (Rio de Janeiro, 1936 – 1944), a Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso (Washington, 1941), a igreja de São Francisco de Assis da Pampulha (Belo Horizonte, 1944-1945); algumas experiências com a abstração, apesar das críticas feitas por Portinari a uma arte que fugia do assunto.
Ao lado de trabalhos bastante conhecidos do pintor, como Retrato de Maria (1932), Domingo no morro (1935), Paisagem de Brodowski (1940), Sapateiro de Brodowski (1941), Criança morta (1944), a mostra apresentará obras pouco divulgadas como Meu primeiro trabalho (c. 1920), Retrato do poeta Olegário Mariano (1926), Nu (1930), Ronda infantil (1932). Serão ainda expostos três conjuntos significativos de estudos preparatórios para os projetos monumentais, pouco conhecidos pelo grande público, sobretudo no caso da Fundação Hispânica e da igreja de Belo Horizonte.
No ateliê de Portinari (1920-45) (Grande Sala)
de 14 de julho (convidados) a 11 de setembro de 2011, no Museu de Arte Moderna de São Paulo
Portão 3 do Parque do Ibirapuera – São Paulo, SP