Preparando a grande exposição do acervo que o MAC USP pretende abrir ao público em seu novo prédio, a equipe de curadores selecionou uma série de obras que reacendem a discussão sobre o papel dos museus frente às obras de arte contemporânea.
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo decidiu apresentar esta questão ao público da forma mais direta possível: permitindo a visita aos objetos e instalações em seus estágios de conservação e restauro. Na exposição em constante mutação o público poderá acompanhar os trabalhos e discussões da equipe do museu e artistas, cientistas, curadores e técnicos em conservação de outras instituições que vão auxiliar na solução para questões específicas de cada trabalho. Poderá, ainda, participar do debate que envolve o trabalho de colecionar, estudar, preservar e exibir a produção artística contemporânea.
Nos 19 trabalhos apresentados o público vai poder conferir, por exemplo, a discussão com a artista Anna Barros sobre a possível substituição de uma manta de látex em sua obra, a troca de resistências rompidas e a limpeza da parafina na obra de Edgar Racy, o conserto de um motor na obra de Bill Lundberg e a limpeza e a reconstituição do suporte das obras de León Ferrari, entre tantos outros procedimentos.
Assim, o Museu acredita que cumpre seu compromisso com a preservação, o estudo e a exibição dessas obras e, ao mesmo tempo, respeita a excepcionalidade de cada um dos trabalhos de arte que coleciona.
MAC em obras
até 27 de novembro,no MAC USP Ibirapuera
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso – Prédio da Bienal (entrada pela rampa lateral)