Duas exposições estão abertas para visitação no Museu de Arte Moderna de São Paulo até o dia 3 de abril, com entrada franca: “Judith Lauand: Experiências”, um recorte da produção da “dama do concretismo” entre os anos 1950 e 1970, pode ser vista na Sala Paulo Figueiredo. Já na Grande Sala do museu está a mostra “Ordem e progresso: vontade construtiva na arte brasileira”, que aborda a mudança de projeto de país desde o pós-guerra na oposição entre rigor formal e desequilíbrio nas artes visuais.
Judith Lauand, dona de uma produção extremamente importante para a compreensão da arte brasileira contemporânea, é tema da retrospectiva que apresenta em mais de cem obras um painel das vertentes exploradas pela artista em um período crucial para a consolidação de seu estilo, entre os anos 50 e 70. Essas três décadas ilustram o desenvolvimento, as transformações e a consolidação da carreira da artista, com sua particular leitura e aplicação do concretismo e suas ousadas experimentações.
“Ordem e progresso: vontade construtiva na arte brasileira” traz cerca de 80 obras do acervo do museu, que mostram como o ideal de país do futuro dos anos 50, representado pela assertividade resplandecente do concretismo, se contrapõe a manifestações artísticas que transgridem o rigor formal e apontam para outras visões de Brasil. A disposição das obras divide-se em quatro núcleos temáticos que exploram os contrapontos entre o construtivismo e a desordem, em vez de obedecer a ordem cronológica. Obras de Lygia Pape, Ernesto Neto, Mauro Restiffe, Regina Silveira e Cildo Meireles, entre outros artistas de destaque, estão na coletiva.
Museu de Arte Moderna de São Paulo
até 3 de abril, com entrada franca
Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3)
tel (11) 5085-1300