Arte de Regina Silveira vai ocupar fachada do Masp

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Foto: Robinson Fernandjes/AE

A fachada do Masp começou a se transformar num grande diagrama de bordado de um céu azul, com representações de nuvens, pontos de cruz, linhas e agulhas. “É uma ficção gigante, como se fosse um céu afixado, independente das variações de dia e noite”, diz a artista Regina Silveira, que se lança agora a realizar sua maior obra de arte pública, desta vez, no edifício que é um ícone da cidade de São Paulo e da arquitetura, o emblemático prédio na Avenida Paulista desenhado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. “Fazer essa caixa maravilhosa e suspensa como se fosse uma caixa bordada é um processo de carinho pelo prédio”, diz Regina Silveira, propondo, mais uma vez com maestria, uma “conversa entre real e artifício” com sua criação.

A obra Tramazul é composta por faixas de vinil translúcido com impressões digitais que serão coladas na fachada e nos fundos do MASP. O trabalho cobrirá todos os 320 vidros do prédio, com previsão de ficar pronto até o dia 13 de novembro. A obra poderá ser vista até janeiro.

Simbolicamente, Tramazul é uma “obra de luz” para uma artista que também trabalha com sombras. Regina Silveira tem experiência de décadas em trabalhos de arte pública efêmera em arquiteturas (interiores e exteriores) diversas e de vários lugares do mundo – e neles, assim como em suas obras de escala menor, ela joga no campo do simulacro, promovendo ilusionismo, manipulando a perspectiva e sombras, muitas vezes. É uma obra complexa a da artista, de relação direta de imagem e percepção.

Fonte: Estadão

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