A economia em geral pode estar ainda “num caminho de volta ao crescimento” como afirmou o secretário do Tesouro dos EUA Timothy Geithner, mas há sinais de que o mercado da arte já fez esse percurso há muito tempo. O último destes indicadores é o relatório de vendas da Christie’s, que mostra que a casa de leilões global arrecadou 2,57 bilhões de dólares durante a primeira metade deste ano, um total que foi 46% mais alto do que os totais da companhia para o mesmo período do ano passado.
Claro que ajudou o fato de os números – que deram à Christie’s uma margem de 1% a mais do que a sua maior rival, Sotheby’s – terem sido aumentados pela venda da mais cara obra de arte já vendida em leilão, “Nude, Green Leaves, and Bust”, uma pintura de Picasso de 1932 que arrecadou 106,5 milhões de dólares em Nova York em maio.
Numa declaração, o CEO da Christie’s Edward Dolman falou de 2010 como “um dos semestres mais bem sucedidos da nossa história”, atribuindo créditos ao “crescente papel” dos compradores asiáticos no mercado da arte internacional como um fator importante para contrariar a lentidão da recessão (que, de qualquer modo, quase não afetou o mercado leiloeiro).
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